Algumas considerações iniciais

Tentarei manter uma regularidade nas postagens, mas não combinarei prazos. Por ser uma das válvulas de escapes utilizadas por mim, deixarei que este blog seja alimentado de acordo com a inspiração, e não com o calendário.

Gosto dos comentários. Não são, para mim, apenas um sinal de popularidade, como a maioria dos blogs que vejo. Eles têm um significado maior, que é o de saber como as pessoas que aqui estão pensam sobre os assuntos que comento. Portanto, fique à vontade para escrever. Na medida do possível, responderei a cada um deles.

sábado, 21 de abril de 2012

PREENCHENDO O VAZIO COM O VAZIO



É comum a gente se pegar pensando nos rumos que nossas vidas tomaram, quais as causas de estarmos vivendo isso ou aquilo.  E é comum, também, querermos acelerar processos pelos quais não temos o absoluto controle, querendo preencher lacunas com soluções paliativas, com fórmulas que já testamos e sentimos na pele que não deram certo.

Preencher o vazio com soluções vazias traz um conforto momentâneo, afasta questionamentos de quem está por perto, gera certa segurança por alguns instantes. Gera, ainda, a sensação de poder, eleva a autoestima a ponto de sairmos da incômoda posição de telhado de vidro para assumirmos a posição de pedra. Mas é preciso muito cuidado com essas atitudes, é preciso cautela, pois a escolha de agora parece boa, mas pode se revelar ser apenas mais do mesmo, mais uma escolha como as outras, erradas, que maquiada pelo calor da emoção, parece ser a mais acertada.

Passamos anos e anos vivendo exatamente da mesma forma, apesar de acharmos que estamos mudando. Prova disso é a nossa rotina que não muda, nosso círculo de amizade que se assemelha, nossos relacionamentos que sempre acontecem com pessoas parecidas. E ainda assim algumas pessoas sobem em um pedestal, com um orgulho que nunca leva a lugar nenhum, para apontar o erro dos outros, achando-se intocável, julgando situações sem possuir um mínimo de embasamento da realidade dos julgados.

Sempre é de bom tom analisar a situação em que estamos, o barco no qual nos metemos. Queremos sempre achar a culpa pelo nosso fracasso na conduta alheia, as relações não deram certo porque somente o outro errou. E não é bem assim. Quantas e quantas vezes não somos nós mesmos os responsáveis por atrair aquele tipo de gente ou, em direção oposta, afastar, ainda que involuntariamente, aquele que seria a companhia ideal? De quando em quando é bom se olhar no espelho, não para a casca, mas para o interior, buscar a sua verdade, buscar sua essência e tomar as rédeas deste pequeno trajeto que você fará, trajeto que as pessoas costumam chamar de vida.

É isso.